segunda-feira, 24 de agosto de 2009

***Folclore***


Atividade que fiz com meus queridos alunos!!! Eles capricharam!!









Brincadeiras folclóricas


O que é Folclore 

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país. 

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo. 

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira. 

Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio. 

Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.
- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.

fonte: http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm


***Curupira***A Origem


O curupira é um personagem lendário da cultura brasileira que habita as florestas. Apesar de ser originário da região da Amazônia esse mito permeia o imaginário de crianças e adultos de norte a sul do país. É um personagem muito antigo do folclore brasileiro. Os primeiros relatos sobre o Curupira datam, ainda do século XVI. Segundo a Wikipédia (enciclopédia livre da internet) a história do curupira já fazia parte do repertório do padre José de Anchieta no ano de 1560.

O protetor da natureza

Acredita-se que o curupira é o guardião da fauna e da flora, por isso mesmo utiliza estratégias para despistar os caçadores de seus alvos, fazendo-os perder o rumo ou mesmo deixando as caças invisíveis aos olhos do homem.
Para burlar a proteção do curupira e conseguir seu apoio em suas empreitadas, aqueles que se aventuram floresta adentro em busca de caçar, capturar animais ou mesmo extrair da floresta cascas, sementes, madeira, raízes, entre outros elementos oferecem pequenos mimos como fumo (tabaco) ou pinga (cachaça). 

Natureza ruim?

O curupira não é uma criatura maléfica, ruim. Apesar de ser implacável com aqueles que entram em seus domínios para explorar a natureza (plantas e animais), é sabido que o curupira permite de bom grado a caça quando esta se destina à sobrevivência do caçador e de sua família. O que ele não tolera são as maldades: a caça por esporte ou brincadeira, a apreensão de filhotes indefesos, enfim a destruição discriminada da natureza e o uso inadequado dos recursos da mata.

Embora ele não seja malvado por natureza, ao pegar um caçador ou alguém fazendo maldades com as plantas ou bichos da floresta ele costuma ser implacável. Dizem os mais antigos, sobretudo do interior, que se ele não mata o sujeito judia1 tanto dele que acaba deixando-o abobalhado para o resto da vida, sem jamais saber o que houve.

Como é o curupira? 

Esse espírito da floresta tem a aparência física parecida com a de uma criança: é de baixa estatura e não tem cara assustadora, porém tem o corpo coberto de pêlos. Sua pele é escura e seus calcanhares são voltados para a frente, pois seus pés são ao contrário dos pés dos humanos. Isso facilita seus truques na mata. Pois ele anda para um lado, mas seus passos indicam que ele seguiu o rumo contrário, confundindo os caçadores. Possui ainda uma farta cabeleira cor de fogo e os dentes verdes como esmeraldas.

Essa é a descrição mais popular desse ser, mas há variações dependendo da região do país. Em algumas regiões ele ganha orelhas grandes e compridas como as dos duendes, em outras ele perde a cabeleira e é totalmente careca. Há ainda a crença de que ele carrega uma arma (um machado), que dizem, é feito do casco de um cágado

Ao contrário de algumas histórias que pintam o curupira de um demônio malvado, diz a lenda que ele tem personalidade tranqüila e que adora ficar sossegado à sombra das árvores se deliciando com o frescor do vento e o sabor de frutas como mangas e outras delícias silvestres.

O raptor de crianças

As histórias do curupira são usadas muitas vezes para assombrar as crianças da roça e fazer com que elas não se afastem muito de casa. 

Contam os pais, os tios e os avós que o curupira adora roubar criancinhas. Na verdade o que diz a lenda é que assim como pode ter ódio da maldade dos adultos também pode se apaixonar pela inocência e doçura de uma criança.

Sozinho na mata sem ninguém para partilhar suas travessuras o curupira pode se encantar por uma criança e enfeitiça-la, levando-a consigo para seu reino na mata. No entanto é incapaz de lhes fazer algum mal.

Dizem que a criança raptada pelo curupira volta para casa misteriosamente depois de sete anos, quando já está se tornando adulta e, portanto começa a perder a graça da infância. Se ela, porém não retorna, não é porque tenha sido impedida, mas porque gostou tanto da vida na floresta que preferiu não voltar à civilização e permanecer eternamente no reino da floresta acompanhada do curupira.

1Judiar é um termo muito usado no interior e entre as pessoas de origem mais simples para designar maltratar.

FONTES CONSULTADAS

http://www.infoescola.com/folclore/curupira/

CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do folclore brasileiro. 2ª ed. São Paulo, Livraria Martins, 1954.
_________. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura / Instituto Nacional do Livro, 1954.
Enciclopédia Compacta Brasil – Larousse Cultural – Nova Cultural – 1995
http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/curupira.html
http://www.amazonia.com.br/folclore/lenda_curupira.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Curupira

Bumba-meu-boi, boi-bumbá ou pavulagem é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Hoje em dia é muito popular e conhecida.

A origem

A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. Reverencia o boi livre e nativo da floresta Amazônica, bem como a alegria, sinergia e força das festas coletivas pindoramas (pindoramas = indígenas - a palavra índio e indígena derivam da falsa impressão dos "descobridores" de terem chegado a Índia, sendo que a terra Brasileira era então nomeada por seus nativos de Pindorama).

A festa do boi-bumbá surgiu no nordeste do país, mas disseminou-se por quase todos os estados da Amazônia e Pará em especial o Amazonas, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.

Do ponto de vista teatral, o folguedo deriva da tradição portuguesa e espanhola, tanto no que diz respeito ao desfile como à representação propriamente dita; tradição de se encenarem peças religiosas de inspiração erudita, mas destinadas ao povo para comemorar festas católicas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. Esse costume foi retomado no Brasil pelos jesuítas em sua obra de evangelização dos indígenas, negros e dos próprios portugueses aventureiros e conquistadores no catolicismo, por meio da encenação de pequenas peças.

Como dança dramática, o bumba-meu-boi adquire através dos tempos algumas características dos autos medievais, o que lhe dá o seu caráter de veículo de comunicação. Simples, emocional, direto, linguagem oral, narrativa clara e uma ampla identificação por parte do público, tomando semelhanças com a comédia satírica ou tragicomédia pela estrutura dramática dos seus personagens alegóricos, os incidentes cômicos e contextuais, a gravidade dos conflitos e o desenlace quase sempre alegre, que funciona como um processo catártico.

Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes. Dessa forma, enquanto no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é chamado bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas é boi-bumbá ou pavulagem; em Pernambuco é boi-calemba ou bumbá; no Ceará é boi-de-reis, boi-surubim e boi-zumbi; na Bahia é boi-janeiro, boi-estrela-do-mar, dromedário e mulinha-de-ouro; no Paraná, em Santa Catarina, é boi-de-mourão ou boi-de-mamão; em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé(em Macaé a o famoso boi do Sadi) é bumba ou folguedo-do-boi; no Espírito Santo é boi-de-reis; no Rio Grande do Sul é bumba, boizinho, ou boi-mamão; em São Paulo é boi-de-jacá e dança-do-boi.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bumba-meu-boi